Elídio Vassoura

É uma narrativa que mistura humor, crítica social e uma observação aguda sobre o mundo literário e suas dinâmicas. Através da situação narrada, que envolve um escritor e o Editor-Chefe, cria-se uma atmosfera de tensão e desconforto, enquanto reflete-se sobre o mercado editorial, as relações de poder dentro do mundo literário e a maneira como a imprensa lida com os assuntos sensíveis da produção artística. O uso do humor e da ironia torna a crítica mais acessível, permitindo que o leitor se distancie do tom excessivamente sério e se envolva com o aspecto lúdico da crítica. Ao mesmo tempo, está presente uma crítica velada ao próprio funcionamento da literatura como mercado e à falta de paciência e sensibilidade das pessoas que ocupam posições de poder nesse contexto. A referência aos nomes da literatura angolana, como Zé Lueji, Nsambo Vieira e Ngola Ya Nvita, coloca o conto dentro de um contexto cultural e literário específico, dando uma camada de profundidade à crítica feita sobre a indústria editorial local-contemporânea.? De princípio, o conto oferece uma reflexão sobre a tensão entre o mundo da criação literária e as suas estruturas institucionais, enquanto critica a superficialidade, a indiferença e a resistência à mudança nas relações profissionais dentro do sector literário. Como qualquer obra, certamente, está não é perfeita, porém, por agora, só tenho a parabenizar o meu Grande amigo e comparsa da Academia "Mateus Pinto"! Sucessos!? Ler mais...

Publicado no dia 06/12/2024 às 13:22:20